O caminho faz-se e é feito de possibilidade. Constrói-se no (des)encontro, na sobreposição entre pessoas e os momentos, a marca da sua (co)existência. O caminho percorrido e os caminhos não percorridos, a experiência e o potenciar da experiência. Um jogo de escolhas e de omissões.
Também a palavra é extensível além de si mesma, de uma só materialização ou variação interpretativa. Gravada na pedra (/no papel, /no ecrã) é embebida de tempo, de permanência, renovada pelo leitor, a cada leitura.
No Caminho das Pedras desdobra-se no tempo de cada passo, (co)existindo, contudo, num só percurso; um só poema, escrito além-tejo e em (des)compasso.
// O tempo guarda-se além-tejo, rosa mármore, do entardecer, frio austero, de tão belo, irreal, digital. Os menires, os castelos, existem para recordar-nos de que tudo fico e de tudo se esvai, no caminho das pedras.//
wread1ng d1g1t5 (wreading-digits.com) Coletivo artístico #visual #digital #experimental #transdisciplinar. Desde a sua formação em 2015, wreading-digits tem concentrado grande parte do seu processo criativo na exploração de paradoxos relacionados com a(s) linguagens(s) e comunicação.
Ana Gago
Membro integrante do colectivo wr3d1ng d1g1t5. Artista experimental,
incluindo-se no seu percurso profissional a produção, comunicação e
curadoria de exposições de Arte e Literatura. Licenciada em Ciências
da Comunicação (FCSH-UNL) e Doutoranda em “Estudos de Património”,
pela Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto).
Diogo Marques
Co-fundador do colectivo wr3d1ng d1g1t5. Criador experimental e
investigador criativo (Doutoramento em 2018, Materialidades da
Literatura, pela Universidade de Coimbra). O seu percurso académico e
artístico, com particular incidência nas (im)possíveis pontes entre
arte(s), ciência(s) e tecnologia(s), inclui ainda curadoria de
exposições de Arte e Literatura Digital, bem como traduções de ficção
interactiva digital para língua portuguesa. Procura-se com frequência
na “arte” da alquimia e encontra-se amiúde na “ciência” do Tarot. Pelo
meio, também gosta de conversar com máquinas. Daí considerar que será
sempre mais tolo, do que propriamente sábio ou artista. Em suma: é um,
entre vários.
João Santa Cruz
Co-fundador do colectivo wr3d1ng d1g1t5. Arquitecto de soluções,
utiliza a tecnologia e a engenharia para responder aos desafios do dia
a dia. Explorador por natureza, adora experimentar e produzir com as
mãos, estando envolvido em projectos musicais, carpintaria e
agricultura. Licenciado em Engenharia Electrotécnica pela UTAD e
Mestre em Software Open Source pelo ISCTE. [joaosantacruz.com]
Pedro Ferreira
Artista multimédia, trabalha com filme experimental e documental, instalação de vídeo, arte sonora e performance audiovisual.
Nas suas práticas artísticas reconsidera tecnologias e as suas falhas, explora materialidade dos media e found footage.
Doutorando em Arte Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
[www.pedroferreira.net]