Numa primeira fase, duas pessoas colocam-se em margens simetricamente opostas, durante o mesmo período de tempo, para elaboração de um texto que desenhe a perspectiva de um “outro que me vê” (sujeito A pensa margem A, assumindo perspectiva de sujeito B posicionado em margem B; sujeito B pensa margem B, assumindo perspectiva de sujeito A posicionado em margem A).
Numa segunda fase, os quatro textos unidos pelo tempo e separados pelo espaço, e resultantes do anterior processo de alteridade, são sujeitos a uma combinação sintáctica com recurso a software computacional.
Por fim, numa terceira fase, o leitor é convidado a entrar num jogo de recombinação textual, num processo contínuo de construção/destruição de pontes entre margens.