TIPO DE PROJECTO
PONTOS: uma recombinação textual intermedial e transpoética
"Nenhum rio separa, antes costura os destinos dos viventes."
Mia Couto
"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro."
Mário de Sá-Carneiro
PONTOS parte de uma tentativa (im)possível de aproximação entre margens por meio de visões que se entrecruzam. Um processo de alteridade entre perspectivas simetricamente opostas, numa tentativa gradual de (auto)reflexão, que dará lugar a uma transmutação contínua por parte de um público.
De um lado, uma margem A, sempre mais bela vista de uma margem B; de outro lado, uma margem B, local privilegiado para contemplação do seu antípoda.
Numa tentativa de construção de pontes, que não é mais do que uma ligação entre pontos, procura-se por meio da palavra ser-se um outro, na (im)possibilidade de sê-lo por completo.